A PRESENÇA DE JESUS NOS CONFERE PAZ

08/7/16

Deixo-lhes a paz; a minha paz lhes dou. Não a dou como o mundo a dá. Não se perturbem os seus corações, nem tenham medo. João 14:27O que Jesus poderia ter deixado para os seus? As vestes sem costura? Logo se rasgariam. As sandálias que João se mostrou indigno de desatar? Logo se acabariam. Jesus deu o que tinha. Cada um dá o que possui.Epicuro acreditava poder desfrutar de tranquilidade mental negando os desejos físicos. Foi seguido por Buda quanto a este assunto. Contudo, a paz que Jesus proporciona advém da harmonia com Deus e com os homens (Rm 5:1), é a tranquilidade que nasce da retidão espiritual. Efésios 2:14A paz romana era imposta. Paz imposta é de fato paz?

Essa era uma saudação comum no mundo oriental. Vindo dos lábios de Jesus se reveste de autoridade singular. Paz que advinha da certeza que o pecado estava perdoado, de que estávamos reconciliados com Deus, de que a morte já não tinha mais a última palavra sobre a vida da humanidade.

Há diferença entre a Paz de Jesus e a paz do mundo. A paz do mundo é entendida como a ausência de conflito, como o entendimento harmonioso entre as pessoas, entre as nações. Esse é o tipo de paz que se obtém quando os mais fracos cedem às razões do mais forte. Consequentemente, a paz exterior aparece, mas interiormente a paz não existe, porque houve conflito e o mesmo não foi dirimido verdadeiramente ou não foi aceito e perdoado. E isto tanto faz referirmo-nos às pessoas, como às nações, aos estados.

Claro que se existisse uma verdadeira paz, uma paz que viesse de dentro, que viesse do amor entre as pessoas, então essa paz transmitir-se-ia obviamente às relações entre os governos das nações, transmitir-se-ia à humanidade toda. Mas essa paz, pelo que percebemos, não é a paz que o mundo pode dar. Essa paz, é a paz que Jesus nos dá, é a paz interior, que se reflete no exterior.

Mas o que é promover a paz para Deus? Que aspectos estão ligados a essa pequena palavra de apenas três letras?Em primeiro lugar, a Bíblia esclarece que só há paz verdadeira, na vida do ser humano, se ele estiver ligado a Deus. Em Salmos 4:8, é afirmado que “em paz me deitarei e dormirei, pois só tu, ó Senhor, me fazes habitar em segurança”. Neste verso, é possível entender que não há uma paz produzida individualmente através de ações políticas, quem sabe de ordem diplomática, mas a paz tem relação direta com a presença de Deus no cotidiano das pessoas, com essa aproximação entre o Criador e a criatura.

Mas Cristo foi mais além e disse, conforme João 16:33, que “disse-vos estas coisas para que em mim tenhais paz. No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, Eu venci o mundo”. Novamente, a paz está intimamente ligada a Cristo, a Deus, e surge outro aspecto importante. A paz não é necessariamente a ausência de conflitos, de problemas, de dissabores, de guerras internas ou externas. É a capacidade de enfrentá-las, de mostrar ânimo mesmo frente a vicissitudes, a percalços e situações de crise. Obviamente quem dá o suporte nestes momentos é Deus a quem as pessoas se apegam e obtêm realmente paz.

Cada vez que vejo uma notícia sobre acordos de paz no Oriente Médio, em países envoltos em guerrilhas étnicas, decisões mundiais para combate ao terrorismo, enfim, toda a movimentação planetária em torno do assunto, não consigo enxergar soluções eficazes nisso. Afinal de contas, o planeta continua mais violento do que nunca, imoral, sem regras e sem limites.

E, então, a paz de Deus figura como algo realmente inovador. É uma paz disponível 24 horas por dia para quem desejar tê-la. Não é uma paz por atacado, em que subitamente nações inteiras passam a dar as mãos como se fossem antigos amigos somente porque um pedaço de papel assinala isso. É uma paz que cada pessoa pode sentir individualmente em sua experiência própria com Deus, ainda que sofra doenças, perseguições, injustiças, difamações. É a possibilidade real de agradecer ao Senhor por tudo apesar de tudo não ser exatamente como gostaria que fosse. Não é inexistência de guerras, mas é força para sobreviver às guerras.

O apóstolo Paulo resume esse aspecto, ao dizer que “e a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e as vossas mentes em Cristo Jesus”.(Filipenses 4:7). A paz de Deus supera a compreensão humana. Produz mudanças, só que mudanças individuais, provavelmente não globais como alguns podem supor. Mas é muito mais eficaz. A paz que alguém sente proveniente de Deus é capaz de fazer a diferença total no seu ambiente de trabalho, na sua família, entre os amigos, entre as pessoas que a rodeiam. É uma multiplicação silenciosa, sem o alarde da pompa de uma entrega do prêmio Nobel, mas cujos efeitos são duradouros e sólidos. Essa paz não se resume a um prêmio dado por homens. É fruto de um prêmio maior que Deus espera dar aos que se mantêm fiéis a Ele durante a eternidade.

 

PR. Isaias

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